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Faroeste de Pedra - Espaço aberto - é o lugar que encontrei para comentar as várias coisas do cotidiano que parecem valer um apontamento. Enjoy!

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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Na hora do jogo


Domingo é dia de futebol. Aliás, todo dia tem algo para se falar sobre futebol. Mas é no domingo que o esporte alcança maior notoriedade. E é no clássico que toda a magnitude da disputa se eleva. Santista que sou, e fanático também, acompanhei hoje o duelo entre o brilhante ataque do santos e a nervosa escalação corinthiana. Muita reclamação por parte dos jogadores da capital, muitas jogadas ríspidas e o time do santos quase pagando o amargo preço de ceder o empate no final por ter menosprezado a força de reação dos adversários. Jogo bom. Jogo duro. Resultado justo.

Enquanto isso, na ponta de cima do continente, EUA e Canadá se enfrentavam na arena Canadá Hockey Place em busca do almejado ouro olímpico, no mesmo horário do clássico. Nada mais lógico do que gravar o jogo para assisti-lo tão logo os juízes apitassem os encerramentos das partidas.
Sobre o jogo, destaque certo para os goleiros das duas seleções, que se apresetaram brilhantemente. O destaque canadense Crosby jogou bem, mas se manteve abaixo do esperado. No final, vitória apertada, mas não surpreendente, da seleção da casa.
Em tempo: Sidney Crosby marcou o 3 e decisivo gol, já na prorrogação, que valeu o ouro ao Canadá.

E no meio de tudo isso, o horário dos grande jogos do dia ainda nos resevaria uma nota: mesmo no fraquíssimo campeonato mineiro, Obina marcou mais três gols (agora são oito nos últimos dois jogos) e mostrou que realmente surgiu para o torcedor atleticano. Tomara que o carismático baiano tenha melhor sorte no alvinegro do que nos últimos clubes em que atuou.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Jornalismo é para quem tem estômago

Nessas últimas duas semanas de férias, tenho pensado muito sobre o caminho que a faculdade me leva. Jornalismo, edição, produção... coisas que a gente vai descobrindo. Ontem, grata surpresa, fui presenteado com um livro (A arte de fazer um jornal Diário) do excelente Ricardo Noblat, que contém uma citação que serve um pouco para ilustrar o que se pode esperar após uma faculdade de jornalismo. Porém, considerando, serviu também para me lembrar um pouco de porque escolhi esse caminho.

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciáve que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realiade.
Ninguém que não a tenha sofrido, pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.
Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das premícias, a demolição moral do fracasso.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte"
(G. G. Marquez)

E vale a máxima, a melhor notícia é sempre aquele que ainda não foi publicada!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O que deu origem a ideia.

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Muito boa a animação.
Parabéns ao PeixeAquático.

RECORTE

O sonho atravessou um milênio voando e deixou em mim apenas a sensação do todo.
[...]aprenderam a mentir e tomaram o amor como a mentira e conheceram a beleza da mentira. Ah, isso talvez tenha começado inocentemente, por brincadeira, por coquetismo, por um jogo de amor, na verdade, talvez, por um átomo, mas esse átomo de mentira penetrou no coração e lhes agradou. Depois rapidamente nasceu a volúpia, a volúpia gerou o cíume, o cíume a crueldade... [...] Começaram as acusações, as censuras. Conheceram a vergonha e a vergonha erigiram em virtude. Nasceu a noção de honra. [...]
Começou a luta pela separação, pala autonomia, pela individualidade, pelo meu e pelo teu. Passaram a falar línguas diferentes. Conheceram a dor e tomaram amor pela dor, tinham sede de tormento e diziam que a verdade só se alcança por tormento. [...]
Mal se lembravam daquilo que perderam, não queriam se lembrar nem mesmo que um dia foram inocentes e felizes. Riam até da possibilidade de um passado assim para sua felicidade, e o chamavam de ilusão. Não conseguiam sequer concebê-lo em formas e imagens, mas coisa estranha e maravilhosa: privados de toda a fé numa felicidade superior, chamando-a de conto da carochinha, quiseram a tal ponto ser inocentes e felizes de novo que caíram diante dos desejos de seu coração como crianças. [...]
E, no entanto, se pelo menos fosse possível que eles voltassem àquele estado inocentes e feliz do qual se privaram, e se pelo menos alguém de repende o mostrasse a eles de novo e lhes perguntasse: querem voltar? - eles certamente recusariam. Respondiam-me: "E daí que sejamos maus e injustos, sabemos disso e deploramos isso, e nos afligimos por isso a nós mesmos, e nos torturamos e nos castigamos, [...]mas temos a ciência, e por meio dela encontraremos de novo a verdade, mas dessa vez a usaremos consientemente, o entendimento é superior ao sentimento, a consciência da vida é superior a vida - o conhecimento das leis da felicidade é superior a felicidade."

(Dostoiévski, F. - Duas narrativas fantásticas; O sonho de um homem ridículo.)